sexta-feira, 15 de abril de 2016

A Covardia de Amar

    Uma amiga muito querida (Priscila, RJ <3)  pediu para que eu escrevesse sobre “A covardia de amar”, confesso que quando li a sugestão eu pensei:  “Putz, agora ferrou, na primeira sugestão vem algo complicado assim.”  Mas vamos lá! Nos próximos parágrafos estarei falando sobre a sugestão e deixando claro que é um ponto de vista meu e com certeza existem pontos de vistas diferentes. Então se você tiver um sinta-se à vontade para comentar.
    Bem, antes de começar a escrever eu pensei bastante sobre o que é covardia. Um conceito (meu) de covardia é o seguinte: Um sentimento de fraqueza que nos prende, impedindo-nos de dar um passo sequer adiante, quando nos sentimos derrotados antes mesmo de lutar, por medo.  Sim, covardia tem muito a ver com o medo! Uma pessoa covarde é o contrário de uma pessoa destemida, audaciosa.
    O amor exige de nós força e compreensão. Bem que gostaríamos de amar pessoas perfeitas que jamais dilaceraria o nosso coração como acontece na maioria das vezes. As maiores dores que sentimos são causadas por pessoas que amamos, porque nós amamos pessoas imperfeitas e falhas como nós também somos.  Pense nas pessoas que já magoaram você. Pense em cada uma delas. São pessoas que você já amou, certo? Pessoas que você ligava o wifi esperando uma mensagem dela. Ia dormir pensando em como teria sido o seu dia. Se a pessoa estava bem, ou não. E de uma hora pra outra essa pessoa te desmoronou.  Desiludiu-te de uma forma que até hoje você tem dificuldades para ser relacionar novamente. Certo? Agora sejamos justos. Também somos imperfeitos. 
   Pense comigo: Quantos corações já quebramos e nem sequer tentamos juntar os caquinhos para colar? Porque também há pessoas que nos amam e com certeza não conseguimos deixar de fazê-las sofrer, mesmo que queiramos. Seja um amor Eros ou Filos.
     O amor é um sentimento lindo, mas as pessoas que carregam este sentimento são pessoas inconstantes que nem sempre estão dispostas expressá-lo. Neste momento estou ouvindo a música O mundo é um moinho, de Cartola e tem uma frase nela que sempre me deixa reflexivo, pois diz: “Preste atenção querida, em cada amor tu herdarás só o cinismo (...)”. E realmente isso acontece muitas vezes, amamos e sofremos por causa de algumas pessoas que nos tratam com descaso e imprudência e também tratamos pessoas que nos amam da mesma forma.
    Até aqui podemos entender que amar pode doer, mas sem o amor nos tornamos incrivelmente gélidos, rancorosos e até mesmo doentios. Porque segundo Paulo de Tarso o amor é sofredor, é benigno, o amor não é invejoso, o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha. ( 1 Coríntios 13: 4-8).
    Diante de tudo que foi exposto aqui eu tiro uma conclusão: Não há covardia no amar, existe covardia em não amar. Quem está disposto a amar é preciso que seja perseverante, firme, determinado, decidido, atento, zeloso e tenaz. Mesmo que haja características antagonistas à estas nas pessoas, e há, porque ninguém é provido apenas de qualidades boas, mas ainda assim é preciso lutar para que prevaleça as qualidades que nos dão força. E uma pessoa covarde não consegue lutar por isso. Confesso que é muito difícil escrever tal coisa aqui, porque muitas vezes, eu sou um covarde. 

A música que vou sugerir agora é a que estava ouvindo enquanto escrevia o texto. Na voz de Cazuza, ouça as incríveis palavras de Cartola.
Muito obrigado por ler até aqui. Espero que volte sempre! (: 


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