Uma amiga muito querida
(Priscila, RJ <3) pediu para que eu
escrevesse sobre “A covardia de amar”, confesso que quando li a sugestão eu
pensei: “Putz, agora ferrou, na primeira
sugestão vem algo complicado assim.” Mas
vamos lá! Nos próximos parágrafos estarei falando sobre a sugestão e deixando
claro que é um ponto de vista meu e com certeza existem pontos de vistas
diferentes. Então se você tiver um sinta-se à vontade para comentar.
Bem, antes de começar a
escrever eu pensei bastante sobre o que é covardia. Um conceito (meu) de
covardia é o seguinte: Um sentimento de fraqueza que nos prende, impedindo-nos
de dar um passo sequer adiante, quando nos sentimos derrotados antes mesmo de
lutar, por medo. Sim, covardia tem muito
a ver com o medo! Uma pessoa covarde é o contrário de uma pessoa destemida,
audaciosa.
O amor exige de nós força e
compreensão. Bem que gostaríamos de amar pessoas perfeitas que jamais dilaceraria
o nosso coração como acontece na maioria das vezes. As maiores dores que
sentimos são causadas por pessoas que amamos, porque nós amamos pessoas
imperfeitas e falhas como nós também somos. Pense nas pessoas que já magoaram você. Pense
em cada uma delas. São pessoas que você já amou, certo? Pessoas que você ligava
o wifi esperando uma mensagem dela. Ia dormir pensando em como teria sido o seu
dia. Se a pessoa estava bem, ou não. E de uma hora pra outra essa pessoa te
desmoronou. Desiludiu-te de uma forma
que até hoje você tem dificuldades para ser relacionar novamente. Certo? Agora
sejamos justos. Também somos imperfeitos.
Pense comigo: Quantos corações já
quebramos e nem sequer tentamos juntar os caquinhos para colar? Porque também
há pessoas que nos amam e com certeza não conseguimos deixar de fazê-las sofrer,
mesmo que queiramos. Seja um amor Eros ou Filos.
O amor é um sentimento lindo,
mas as pessoas que carregam este sentimento são pessoas inconstantes que nem
sempre estão dispostas expressá-lo. Neste momento estou ouvindo a música O
mundo é um moinho, de Cartola e tem uma frase nela que sempre me deixa
reflexivo, pois diz: “Preste atenção querida, em cada amor tu herdarás só o
cinismo (...)”. E realmente isso acontece muitas vezes, amamos e sofremos por
causa de algumas pessoas que nos tratam com descaso e imprudência e também
tratamos pessoas que nos amam da mesma forma.
Até aqui podemos entender que
amar pode doer, mas sem o amor nos tornamos incrivelmente gélidos, rancorosos e
até mesmo doentios. Porque segundo Paulo de Tarso o amor é
sofredor, é benigno, o amor não é invejoso, o amor não trata com leviandade,
não se ensoberbece. Não se
porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita
mal. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta. O amor
nunca falha. ( 1 Coríntios 13: 4-8).
Diante de tudo
que foi exposto aqui eu tiro uma conclusão: Não há covardia no amar, existe
covardia em não amar. Quem está disposto a amar é preciso que seja
perseverante, firme, determinado, decidido, atento, zeloso e tenaz. Mesmo que
haja características antagonistas à estas nas pessoas, e há, porque ninguém é
provido apenas de qualidades boas, mas ainda assim é preciso lutar para que
prevaleça as qualidades que nos dão força. E uma pessoa covarde não consegue
lutar por isso. Confesso que é muito difícil escrever tal coisa aqui, porque
muitas vezes, eu sou um covarde.
A música que vou sugerir agora é a que estava ouvindo enquanto escrevia o texto. Na voz de Cazuza, ouça as incríveis palavras de Cartola.
Muito obrigado por ler até aqui. Espero que volte sempre! (:
INCRÍVEL!!!
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